segunda-feira, 27 de outubro de 2014

UM FOCINHO EM NOSSAS VIDAS...

Olá, hj o foco vai ser diferente, não tem a ver com comida e nem com festinhas ou recepções, pois hj sem sombra de dúvidas estou vivendo um dos dias mais tristes da minha vida, sei que muitos vão ler esta publicação e vão achá-la exagerada, alguns vão rir, outros vão gostar, pois sabemos que que existem muitas pessoas más e invejosas que nos rodeiam e querem nos ver tristes se alegrando com o sofrimento alheio, mas sei também que muitos vão entender, vão apoiar e podem até chorar, mas acredito que só entederão de verdade os que já passaram por isso, portanto peço aos outros que apenas respeitem!
Um Focinho em Nossas Vidas!!
Nossa história com o Boris começou de uma forma meio louca e truncada, quando eu era mais nova sempre fui apaixonada por gatos, minha avó materna vivia acobertando minhas brincadeiras com gatos ainda criança em Niterói, na casa da minha avó paterna tive um gato chamado Chambinho, pois meus pais nunca foram muito fãs de animais em apartamento, desenvolvi uma alergia crônica ao pelo de gato de tanto ficar com Chambinho no colo quando ia para a casa de minha avó em Alegre passar férias.Quando eu e Mau tínhamos 1 ano de casados me deu uma vontade louca de arranjar um cachorrinho de estimação, não foi de uma hora para outra que esta vontade surgiu, ela sempre esteve ali camuflada, mas agora tínhamos a nossa casa e as decisões deveriam ser nossas, a princípio o Mau não foi muito a favor também "É cachorro entrando por uma porta e eu saindo pela outra..." dizia ele, mas eu não desisti.
Em 2008 tínhamos ainda um Escritório de Contabilidade em Jardim Camburi e todos os dias eu almoçava em casa e passava na frente do Pet Shop da amiga Ana Paulla do lado do Kilão de JC, ela tinha um lindo York chamado Hup (sempre fui doida com Yorks), um belo dia um colega de trabalho chegou falando que tinha visto lindos filhotes lá, quando passou pela frente, não me aguentei e quando saí do trabalho dei uma paradinha e pensei "Só vou dar uma olhada nos bebezinhos", eram 2 machinhos lindos e bagunceiros, fiquei encantada e já comecei a raciocinar imaginando aqueles peludinhos em casa, perguntei se tinha fêmea porém a ninhada só deu machinhos, mas segundo Ana Paulla estava faltando um, ela então ligou para a dona da mãe dos bichinhos e pediu para trazer o outro ele era o menorzinho, me encantei, pequenino, menor que os outros com talas nas orelhinhas para ficarem de pé e olhando para mim com um olhar que nunca vou esquecer, Ana Paulla já foi pegando ração, uns palitinhos de morder e falou "Leva fica com ele lá e faz a experiência" eu relutei mas ela me convenceu, cheguei em casa com aquela pequena criatura assustada que ainda não conseguia nem firmar a cabecinha direito (tinha apenas 45 dias), nesse meio tempo Mau chegou e falou meio bravo "Vc trouxe o cachorrinho né..." respondi "Só para fazer uma experiência..." 
Brincamos ele roeu uns palitinhos,  explorou o ambiente não teve coragem de ir na varanda pois tinha medo da esquadria de alumínio que passa no chão, deu a hora de dormir, improvisei uma caminha cercadinha para ele não correr risco de se machucar ou se intoxicar com alguma coisa (a casa não era adaptada para um ser tão pequeno e frágil) e fomos dormir ele era bonzinho não chorava.
De madrugada acordei com um chorinho de filhote levantei no pulo acendi a luz e ele estava assustado no meio da sala e no escuro, quando me viu veio correndo pelo corredor e pulou em mim (o danadinho deu um jeito de escapar do cercadinho), sem o Mau saber deixei ele dormir com a gente no meu cantinho, ele ficou quietinho e dormimos.
No dia seguinte ele levantou escolheu um lugar perto de um vaso de plantas para deitar e cochilar mais. Eu tinha passado boa parte da noite pensando se daria certo ter um cachorrinho em casa com nossa rotina de trabalho, mas já estava apaixonada por ele, porem com muita dor no coração resolvi devolver, pequei o bichinho e levei de volta ao Pet, Ana falou "ahhhh não acredito Ju...", falei todas as minhas razões e saí de lá com o coração apertado, a manhã se arrastou e quando estava indo almoçar o bendito sinal que fica em frente ao Pet fechou na hora, parei, olhei lá para dentro e vi os dois irmãozinhos dele fazendo uma bagunça na gaiolinha e ele num cantinho dormindo o coração deu uma fisgada...Passei a tarde toda pensando nele e ao final do expediente parei no Pet e saí de lá com cachorro, caminha, ração, potes de alimentação enfim, todo o enxoval do mais novo membro da família!
Desde então ocorreram as adaptações dele quanto a nossa, fomos nos conhecendo e um amor incondicional e recíproco foi crescendo de forma inexplicável, os dias ficaram mais leves, tivemos alguns sapatos mordiscados, ele acabou com toda minha coleção de sapos de pelúcia, ouvimos seu primeiro latido uma coisinha estridente e desajeitada, trocou os dentes (coisa que eu nem sabia que acontecia com cães), vimos sua pelagem ir mudando de cor, a varanda já não era tão assustadora e ele foi crescendo (nem tanto né...)...
Os dias de alegria são incontáveis, acontece que logo após ao carnaval de 2013, percebemos algumas coisas diferentes em Boris e com a convivência com o cachorro vc aprende a interpretar aquilo que ele fala com o olhar e veio daí a descoberta de que nosso peludinho sofria de uma doencinha renal, o anjo da guarda de Boris sempre foi o veterinário Bernardo da Clínica UNIVET e toda sua equipe, o ano de 2013 foi difícil mas até outubro a doença estava bem controlada, até que vieram crises e crises estranhas acompanhadas de perda de apetite, perda de pelos, albumina baixa e então descobrimos que ele tb sofria de uma doença adrenal a síndrome de cushing, o tratamento de uma atrapalhava o da outra, mas o bichinho tinha tanta vontade de viver que foi respondendo bem ao tratamento, voltou para casa e ficou bem até fevereiro de 2014, nesta época Boris teve sintomas horríveis, convulsões, um estado neurológico estranho, suas taxas de uréia e creatinina só subiam e a albumina só baixava, começamos a nos preparar para o pior, mas Graças a Deus, mais uma vez a equipe UNIVET e a vontade de viver do meu bichinho ele veio para casa e começou a se recuperar, ficou estabilizado 7 meses o pelo voltou a crescer, engordou estava com 3 kg e 100, voltou a ser aquele filhote (que não era mais) animado, brincalhão, bagunceiro, comilão e acima de tudo o ser mais companheiro da face da terra...

Há mais ou menos 2 semanas fomos fazer os exames de rotina dele, eu estava de férias, os exames deram algumas alterações que no caso dele são consideradas até normais, porém o quadro não foi melhorando e só piorando, oscilou muito, ele lutou muito, mais uma vez os anjos de guarda da UNIVET entraram em ação ele deu uma boa melhorada veio para casa em uma quinta feira a noite dia 16/10/14 e conseguimos ficar juntos nos meus últimos dias de férias depois de 9 dias (nunca tinha ficado tanto tempo longe dele desde que chegou), voltou meio baqueado, mas na sexta cedinho dei um bom banho nele (nunca gostou muito), mas depois adorava ficar na varanda tomando sol e se esfregando na toalha...
E assim ele ficou alí na varanda, com um olhar meio perdido, tomando um solzinho em seu lugar preferido com "Clovis Caveira" seu fiel escudeiro por perto...Meio que parecia se despedir das coisas...
No domingo cedo dia 18/10/14 voltou a passar mal e mais uma vez levamos para UNIVET, ficou lá e voltou na segunda de noite dia 20/10/14, neste dia teve uma pequena convulsão em casa mas passou e ele relaxou profundamente, dormiu horas na minha perna como gostava de ficar muitas vezes comigo fazendo carinho na sua pancinha e tomando um ventinho do ventilador...
Meu sono chegou e ele foi ficar com Mau, como sempre fazia...Na terça dia 21/10/2014 voltou a passar mal, seu estado foi piorando cada vez mais, os anjos da UNIVET todos entraram em ação, os anjos do céu e nós começamos a entender e perceber coisas que muitas vezes não ficam muito claras, Boris foi um guerreiro lutou muito até seus últimos dias, seus exames mostravam taxas inacreditáveis e lá estava ele firme e forte nos surpreendendo...Aprendemos muito com ele, não nos arrependemos de nada que fizemos (se tivesse que fazer tudo de novo faria) e agradeço todos os dias por Deus ter colocado os anjos da UNIVET em nosso caminho e nos permitir viver com ele por mais tempo.
Quero lembrar dele sempre assim, bagunceiro, feliz, com seus gritinhos estridentes, pulando em mim de manhã para me acordar...Vai ficar a saudade imensa de nossos passeios pelo bairro, daquele corpinho quentinho e peludo encostado em mim me empurrando da cama, dele na varanda latindo e nos chamando para ir pra lá...Enfim as lágrimas não param de cair...Desculpem os erros de português que encontrarem pelo meio do texto!!
Para um cão,você não precisa de carrões,de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário? 
Para sempre em nossas vidas!!
Por toda a eternidade, obrigada por tornar nossos dias mais alegres e ATÉ BREVE!!